Olha só que interessante essa notícia que eu achei.
Tese da USP mostra que quadrinhos estimulam crianças a ler
Há um conjunto de rótulos pejorativos sobre os quadrinhos, a maioria herdada de décadas anteriores. Um deles bate na jocosa tecla de que "quadrinhos são coisa de criança".
Uma tese de doutorado da USP (Universidade de São Paulo) pôs a expressão à prova.
E mostrou que ela é verdadeira, sim. Mas não no sentido depreciativo.
A pesquisa chegou a basicamente duas conclusões: 1) quadrinhos estimulam as crianças a ler; 2) esse estímulo fomenta a migração para outras formas de leitura, como os livros.
A tese foi defendida -e aprovada- há pouco mais de um mês na ECA (Escola de Comunicações e Artes) da universidade.
A autoria é da paulistana Valéria Aparecida Bari, de 42 anos.
(É ético de minha parte registrar que integrei a banca de doutorado).
As conclusões foram possíveis por meio de entrevistas feitas com alunos da própria USP que tinham o hábito de ler quadrinhos. O levantamento foi feito entre 2001 e 2007.
A pesquisadora confrontou os resultados com a realidade observada na Espanha, onde fez parte do estudo.
O objetivo da viagem ao país europeu era perceber se a realidade brasileira é válida também em outro universo de leitores. Conclui que é.
E que a Espanha já desenvolve projetos de leitura com quadrinhos.
Nesta entrevista, feita por e-mail, Valéria Bari detalha um pouco mais sobre a tese, intitulada "O Potencial das Histórias em Quadrinhos na Formação de Leitores: Busca de um Contraponto entre os Panoramas Culturais Brasileiro e Europeu".
Para ela, a leitura de quadrinhos deve ser estimulada não só nas escolas, mas também pelos pais, dentro de casa, e nas bibliotecas públicas.
Para continuar a ler a matéria, e ver a entrevista com a autora da tese, clique no link
2 comentários:
Alberto, conheci seu blog pela Lu e adorei seu trabalho!
Sou professora e muito me interessa saber como despertar o gosto pela leitura.
Vou visitar esse seu cantinho mais vezes!
As pessoas mal tem a idéia q a primeira forma de escrita foi a arte sequencial.
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